Os
quatro eixos fundamentais do trabalho do Berçário:
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O Cuidar – Entendemos que, essencialmente, nossas ações devem estar
remetidas ã qualidade das interações estabelecidas com a criança e
principalmente respaldadas em ações de cuidado que precisam ser redimensionadas
e que se concretizam no atendimento as necessidades básicas do ser humano –
amparo, conforto, aprovação, envolvimento afetivo, alimentação, atenção individualizada,
troca de palavras significativas, zelo, acolhimento, higiene, prazer... -, que
é o que permitirá, então, que as ações sócio-educativas desenvolvidas possam
alcançar e gerar desenvolvimento e novas aprendizagens.
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Construção da identidade – A base para a
construção de um verdadeiro eu, de uma personalidade e identidade autênticas, é
conseqüência direta da internalização de uma imagem positiva de si mesmo, que
se construirá a partir das relações estabelecidas e da satisfação das
necessidades físicas e afetivas. Uma trajetória que leve a criança a
desenvolver o que chamamos de amor-próprio, pede que ela viva e internalize
experiências de aprovação e prazer.
A
aprovação e o prazer quando andam juntos servirão como a motivação necessária
para que a criança inicie seu processo de identificação positiva com os pais e
adultos de seu em torno.
Assim , quando trabalhamos com a educação coletiva de
crianças, um dos maiores desafios é ver cada uma delas como única. O
reconhecimento e respeito a sua individualidade é condição básica para a
formação de sua identidade.
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Socialização e
autonomia – Bem-estar
e segurança são pré-requisitos para o processo do estabelecimento da
socialização e autonomia da criança pequena, que tem início numa dupla – o “eu”
e o “tu”. Será a partir dessa primeira relação de alta dependência, espera-se
que bem vivida e desfrutada, que o bebê poderá ser introduzido no mundo de
outros “tu”, outros desejos, sons... dando início a um processo de integração
entre o já conhecido e o que começa a ser experimentado.
* Ampliação da
percepção e leitura do mundo – Ampliar sua percepção sobre o mundo
significa, antes de tudo, enxergar-se como “eu”. Ver-se como um “eu”
possibilita que seu olhar seja instigado para o entorno das coisas que se
passam em sua vida. Assim, poderemos possibilitar à aproximação de nossas
crianças com uma série de produções de sua comunidade e de nossa cultura e
sociedade, integrando-as. O grande recurso presente é a linguagem, que
permitirá que o pensamento da criança vá do concreto ao abstrato enriquecendo
enormemente sua vida psíquica e cognitiva.